domingo, 22 de fevereiro de 2009

De tudo isso, e mais um pouco

“Cara, eu nem acredito que a quel ta passando tto tempo assim com a gente”... e uma coisa q eu aprendi, foi que com carinho e empenho, a gente consegue fazer aquilo que é importante, mesmo quando se tem dúvidas sobre o q é realmente importante... e que mudar faz parte – mais que isso, é necessário. E quando decidimos mudar, não importa se estamos de férias em rio preto ou sozinhos em assis; mudamos, e só. As coisas acontecem, continuam a acontecer, da forma necessária pra kd um.

Faz algum tempo eu queria dizer sobre como a vida vai perdendo o romantismo, e de como eu sou romântica, e de como estou perdendo coisas, e de como ta difícil sobreviver. Mas penso em nós, e a primeira vontade dá espaço a uma segunda – a de dizer do quanto tenho orgulho da gente, que não se deixou afogar na correnteza das incertezas da realidade.

Acabo de mãos atadas, não fazendo nem um, nem outro. Ficam as reflexões. E a angústia de não saber no que isso vai dar. Uma grande obra, um epitáfio, ou continuará apenas reflexões..? São tantas as vontades; os medos são ainda maiores, agora que sinto na pele o romantismo se esvair...

É como a criança que cresceu ouvindo músicas que diziam que “tudo o que eu quiser/ o cara lá de cima vai me dar”, descobrindo que “o cara lá de cima” é tão real quanto irreal.

O “fazer o que é certo” de uns posts anteriores cedeu espaço para o solitário “fazer”, um pouco desiludido. Fazer, só. Viver. Só. Os caretas de vez em quando enfrentam umas tristezas arrebatadoras; mas é só continuar a viver. Um dia vai fazer sentido, ou não. Bom mesmo é a bondade infinita que fez a vida absoluta, pra que ela não dependa da nossa compreensão.. Bom mesmo são as palavras do poeta, que atravessa os tempos pra sossegar um coração: “A alegria fecunda; a tristeza dá a luz.” (W. Blake)

Foi o melhor carnaval dos últimos 21 anos. Muita família e muito amigo pra curtir; nenhum álcool e nenhum cigarro pra atrapalhar (atrapalha pq embriaga, e tira o poder de inconformação!). Mas eu to mesmo é triste, sabe? Uma tristeza sem precedentes. Pela perda do romantismo, pela dureza da realidade. Pela minha pequenez e impotência, de perder pessoas tão amadas, tão queridas, pra essa felicidade sem fim, pra essa ausência de frustrações, pra essa fuga da realidade, pra essa busca de status, pra essa superficialidade.. pra essa felicidade que se consegue em pílulas de fácil acesso.

Segue-se a isso uma carência sem precedentes, por ter pessoas tão amadas e tão queridas agindo tão indiferentes quanto a mim. Me sinto traída, sim. Será que eles sabem que tiraram de mim a vontade de me relacionar com pessoas ainda desconhecidas? .. por medo de perder o resto do romantismo que há em mim, de que não precisa ser assim, de que pode ser diferente..? Não, eles não sabem. Eles não querem saber. Eles se desfazem das oportunidades que crio pra faze-los saber. E se soubessem, se importariam? Prefiro nem arriscar uma resposta...

Eu ainda não quero acreditar. Mas, como não acreditar? Até quando vou ficar tentando me proteger nesta redoma de lindos ideais irreais..?. eu, só quero chorar. Perdi o sentido no meio dessa confusão. Por que, pra quê..? Chorar alivia? Sim. Mas não resolve.

Agora, só quero continuar a viver. Pq a vida não depende da minha compreensão pra acontecer...

Aos leitores que andam ausentes, obrigada pela existência d vcs. Pelo contato, pela recíproca, pelo afeto, pela troca, pela relação. Pela simplicidade. Pelo que é humano. Vcs me dão vida. Não sei o q vou fazer com ela, mas é importante pra mim...

I took my love down to violet hill
There we sat in snow
All that time she was silent still
Said if you love me won't you let me know?
If you love me won't you let me know?

3 comentários:

Anônimo disse...

"Acabo de mãos atadas, não fazendo nem um, nem outro. Ficam as reflexões. E a angústia de não saber no que isso vai dar. Uma grande obra, um epitáfio, ou continuará apenas reflexões..? São tantas as vontades; os medos são ainda maiores, agora que sinto na pele o romantismo se esvair..."

Não há mais o que dizer...é exatamente isso. Até daqui alguns dias!

Unknown disse...

tem q ter coragem pra sair do padrão...

Raquel disse...

explicando o post: foi quando eu descobri que meu ex, q me obrigou a desistir dele, tava fumando cheirando e se pah injetando todas =/